Face perdida.



Não sei mais onde minha face se esconde, procuro por ela, mas não sei onde a encontro.
O espelho tornou-se meu inimigo constante, é meu reflexo que grita o meu próprio nome. A súplica que sai do meu íntimo é por pura misericórdia que surge no meu ser procurando por glória. Não sei ao certo o que sou talvez apenas mais uma matéria. Carne e sangue que por aqui vaga atrás de luz? Não sei, não sei...
O porquê que essa sombra me persegue e me afasta da luz; para onde me carregas e para onde me conduz?
É o caminho que se limita e implica em me fazer parar, em deitar  em uma cama para nunca mais levantar. Tudo isso me aterroriza quando me olho diante do espelho  e vejo minha pobre alma que grita por socorro no meio de tanta confusão  que passa lentamente diante de meus olhos surgindo de pensamentos que destacam todo o meu ódio e faz escorrer por minha face lágrimas de uma dor imensa que desenterra o meu passado e ressuscita minha fúria transtornando minha alma, fazendo-me reviver  momentos de tanta tortura;  imergindo toda essa dor; silenciando emoções  que me sufocam diante da vida. E isso me mata aos poucos, me faz sangrar internamente todas as injúrias que por trás de uma face alegre omite a dor de um ser humano sofrido que suplica por paz diante dessa vida sofrida.
                                                                                                                              

Por Evelyn Fagundes

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Face perdida.



Não sei mais onde minha face se esconde, procuro por ela, mas não sei onde a encontro.
O espelho tornou-se meu inimigo constante, é meu reflexo que grita o meu próprio nome. A súplica que sai do meu íntimo é por pura misericórdia que surge no meu ser procurando por glória. Não sei ao certo o que sou talvez apenas mais uma matéria. Carne e sangue que por aqui vaga atrás de luz? Não sei, não sei...
O porquê que essa sombra me persegue e me afasta da luz; para onde me carregas e para onde me conduz?
É o caminho que se limita e implica em me fazer parar, em deitar  em uma cama para nunca mais levantar. Tudo isso me aterroriza quando me olho diante do espelho  e vejo minha pobre alma que grita por socorro no meio de tanta confusão  que passa lentamente diante de meus olhos surgindo de pensamentos que destacam todo o meu ódio e faz escorrer por minha face lágrimas de uma dor imensa que desenterra o meu passado e ressuscita minha fúria transtornando minha alma, fazendo-me reviver  momentos de tanta tortura;  imergindo toda essa dor; silenciando emoções  que me sufocam diante da vida. E isso me mata aos poucos, me faz sangrar internamente todas as injúrias que por trás de uma face alegre omite a dor de um ser humano sofrido que suplica por paz diante dessa vida sofrida.